Melhorando a educação física brasileira: produção coletiva 8

Na aula seguinte Dona Noêmia chegou ao campinho com aquele monte de bolas coloridas, todas feitas por ela e pelas crianças, com meias usadas. Lembro que eram bolas vermelhas, azuis, verdes e amarelas, grandes e pesadas, grandes e leves, pequenas e pesadas, pequenas e leves.

A criançada ficou excitada com a novidade. No começo da aula, Dona Noêmia deixou que elas brincassem à vontade. Foi uma festa, ela observando tudo. Depois de uns dez minutos, chamou todo mundo, sentou com as crianças em roda e fez uma sugestão. “Vamos fazer três rodas.” Aí as crianças se levantaram e organizaram três rodas. “Agora deem as mãos, abram bem a roda. Isso, e agora vamos numerar, cada um de vocês terá um número. Começa por você Joãozinho.” E as crianças fizeram a numeração, o Joãozinho era o número 1, Paulinho o número 2 e assim por diante. Cada roda fez isso, havendo dez crianças em cada roda. “Agora vamos fazer assim”, disse a professora, “a bola começa com um de vocês. Quando eu der o sinal, o número 1 grita seu número e quem está com a bola passa para ele, o mais rapidamente possível, depois o número 2, depois o número 3, até todos receberem a bola. Quando a roda terminar, grita que terminou.” Detalhe: as crianças foram colocadas fora da ordem 1, 2, 3, de modo que, ao lado do número 1 poderia estar o número 8, etc. Dona Noêmia deu para cada criança que começava, uma bola grande e leve. Quando todas as rodas terminaram, imediatamente ela trocou a bola grande e leve por uma bola pequena e pesada. Houve uma certa confusão, a bola caiu várias vezes, foi lançada fora de direção outras tantas, até que se acostumaram.

Qual era a intenção de Dona Noêmia ao usar, no início, uma bola grande e leve e depois trocá-la por uma pequena e pesada?

Pensem numa atividade que use o recurso das diferentes cores das bolas.